Introdução

O Rio Cachoeira é um rio brasileiro localizado no estado de Santa Catarina. Drena as águas de Joinville e nasce no bairro Costa e Silva, na junção das ruas Rui Barbosa e Estrada dos Suíços, logo após a Rodovia Federal BR – 101. Ao longo de seus 14 km de extensão, recebe diversos afluentes, entre eles o Rio Morro Alto, Mathias, Jaquarão; Bucarein, Bom Retiro, e o Boa Vista. Atravessa o centro da cidade, deságua na Lagoa Saguaçú que liga à Baía do Babitonga.

 A sua bacia hidrográfica ocupa uma região relativamente plana; sua nascente encontra-se a 40 metros acima do nível do mar. A foz é caracterizada por estuário sob a influencia de marés e onde se encontram remanescentes manguezais. Assim, numa maré alta, na lua cheia, há uma inversão do fluxo de água em mais da metade de seu percurso, causando entrada de água salgada.

O rio recebe esgoto residencial, industrial; está completamente poluído. A municipalidade está investindo em estações de tratamento, porém com quase nenhum resultado. Joinville, construída quase ao nível do mar, o efeito das marés, e chuvas frequentes, há problemas de inundações em alguns afluentes, como o Bucarein, Mathias, Jaguarão e Itaúm, atingindo parte central da cidade.

Foi à sua margem esquerda que, em 1851 desembarcaram imigrantes suíços, alemães, noruegueses e outros, iniciando a colonização e a fundação da maior, mais bonita e melhor cidade de Santa Catarina.

 

 

Sobre o rio..

A cidade cresceu, mas o descaso para com o rio também. As empresas jogam resíduos químicos no rio, muito esgoto é lançado no Cachoeira, jogam também lixo nele. E ninguém faz nada. Houve, há muitos anos, até uma campanha que foi taxada de ridícula, na época, pois pedia que as pessoas não jogassem copinhos plásticos no rio para não poluí-lo. Ora, porque será que a campanha era ridícula? Porque as autoridades do município deveriam, isto sim, fiscalizar e proibir o despejo de lixo químico e esgotos domésticos no rio, e não pedir que não se jogasse copinhos nele. As saídas de esgoto e de rejeitos das fábricas estão visíveis para quem quiser ver e ninguém nunca foi selar esses bueiros. O rio só será ressuscitado, se todos os canos que desembocam no rio forem fechados e o lixo que eles liberam for tratado.              É claro que o cidadão comum não deve jogar qualquer coisa nele, mas como cuidar de um rio que está morto porque o veneno maior que é jogado nele não é coibido?

O nosso querido e quase extinto Rio Cachoeira está em evidência, atualmente, porque o Fritz jacaré que sobrevive nele – não sei como – foi visto, outro dia, saindo para respirar no meio da água (água?) azul. Sim, azul, e causou espanto, porque a água dele normalmente é acinzentada, meio para o marrom, coisa de filme de terror. Então voltou-se a falar nele, na polêmica morte anunciada, efetivada, assistida, sem que ninguém movesse um dedo. A limpeza do Rio Cachoeira vem sendo motivo de campanha política há décadas. Promessas e mais promessas de cada prefeito, lembro que o Lula – aquele aqui de Joinville, não o presidente – prometeu, quando foi eleito, que ele ia limpar o rio e provaria isso tomando banho nele quando terminasse seu mandato. Ele entrou na água, sim, mas lá na foz do rio, onde a água se mistura com o mar e é bem mais limpa e mesmo assim com roupa de borracha até a cabeça. Outra história hilária e irritante ao mesmo tempo.

E o pobre Fritz vai continuar sofrendo com a lama podre do rio onde vive, pois não creio que a prefeitura de Joinville vá fechar todos os canos que estão lá despejando lixo e matando um pouquinho mais o Cachoeira, a cada dia.